domingo, 5 de junho de 2011

Verdades inventadas

Ela entrou em um bar qualquer que ficava a beira da estrada.
Duas carteiras de cigarro na bolsa, algumas doses de whiskys sob o balcão.
Caminhou até uma mesa um pouco afastada onde não poderia ser vista, retirou seu caderno de anotações e se pôs a escrever.
Queria transcrever para o papel suas experiências em forma de romance.
Refletiu um pouco e chegou à conclusão que sua vida tinha mais cara de tragédia.
Queria fantasiar suas memórias, mas assim elas não passariam de verdades inventadas.
Pensou nas pessoas que iriam ler suas memórias, pensou se alguém ia querer lê-las.
Queria fazer o melhor.
Queria ser a melhor.
Queria não querer tantas coisas.              

1 comentários:

Unknown disse...

e mesmo assim continuava querendo, só em querer!
ela podia ser um personagem da tua crônica...

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